quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Saudosa maloca!

 Fomos de casa em casa fazer visitas, comer, conversar e eu com aquela cara de paisagem sem entender nada (Decidi que vou levar minhas aulas de bahasa a sério em Padang). Durante este feriado super familiar me encontro meio saudosa. Além disso, nosso projeto terminou aqui e muita gente já foi embora.
Estão todos em família e a minha lá longe! Aiai, faz parte do processo!
Lembrei deste dia.

domingo, 28 de agosto de 2011

Últimos dias na ilha de Java

O primeiro projeto chegou ao fim e eu logo logo tomo meu rumo. Estamos no meio do maior feriado nacional e a rotina só volta daqui há pelo menos uma semana.
Logo parto para Padang, na ilha de Sumatra, onde vou ficar por dois meses. Nestes últimos dias, vou aproveitar para ficar com meus novos amigos e comemorar junto com a família que me hospeda o fim do Ramadhan.
A ilha de Java já começa a deixar saudades.
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Troquei o certo pelo duvidoso

Sou bem quadrada e não gosto muito de arriscar. Me incomoda ser tão certinha, mas o episódio que eu vou contar é um dos motivos que me faz ser assim.
Estava em Yogyakarta para visitar os templos de Borobudur e Prambanan. Aluguei uma casa com uns amigos e de noite saímos para achar alguma coisa para comer. Em geral, sempre peço um mie goreng, ayam, nasi, sei o que significa e gosto. Desta vez tinha outra coisa no cardápio que eu não sabia o que era e resolvi arriscar. Bem aí embaixo mostra o que era e você pode adivinhar o que eu achei disso:
Entranhas
Cérebro

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Se não tem samba, tem dança javanesa.

Comentei estes dias aqui, que a gente vive atrás de alguma coisa para fazer no tempo livre. Achamos mais uma!
Aula de dança tradicional javanesa. É complicado que só e a gente passa a maior parte do tempo rindo um do outro - mas a diversão é garantida.
O melhor de tudo é não pensar em nada, a não ser no movimento. Um bom remédio para descansar a cuca e cansar o corpo!

PS - Passeio à vista! Volto sexta.

domingo, 21 de agosto de 2011

Domingo no orfanato

Hoje passamos o dia no orfanato. Não sabíamos ao certo como seria por lá. A primeira vez que fomos, foi um só para meninos que sobrevive com a ajuda da mesquita. Ele era relativamente bem preparado, com crianças saudáveis e alegres na medida do possível.
Já este de hoje foi bem diferente. Primeiro pelo tamanho, enorme de verdade. Quatro mil pessoas moram lá. A instituição é católica  e a grande maioria dos internos tem necessidades especiais. Tem casos leves, como down e crianças cegas, mas também têm casos bem severos. Uma das profissionais de lá me disse que é comum pais deixarem seus filhos que nasceram com algum tipo de anomalia lá na porta. Custa caro criar alguém que demanda tanto.
Uma mulher em especial me chamou a atenção. Enquanto brincávamos com as crianças, ela continuava séria e durante todo momento não sorriu sequer uma vez. Ela devia ter seus vinte e poucos anos, sem braços e pernas e visivelmente abatida. Tentei me aproximar, mas foi em vão.
As crianças estavam eufóricas, desenhamos, brincamos, teve gincana com prêmios. Mas na verdade, a gente só foi até lá para "assoprar o machucado" que continua lá.
Na foto abaixo está o menino que grudou em mim o tempo todo. Ele desenhou uma casa, desenhou ele e fez uma seta, querendo dizer que queria que eu o levasse para casa. Tentei explicar o inexplicável em uma língua que ele nem entendia e fomos embora.

sábado, 20 de agosto de 2011

Quem procura, acha.

       Depois da aula e dos afazeres gerais que giram em torno do projeto, estamos sempre à procura de algo para fazer. Ficamos zanzando pelas ruas. Até às cinco e meia da tarde muita coisa está fechada por causa do Ramadhan e a pergunta é sempre a mesma: e aí? vamos fazer o quê?
       O bom é que sempre aparece algo inesperado e divertido. Pegamos o angkot meio sem rumo e ele sempre nos leva para algum lugar no mínimo exótico. Foi assim que chegamos em Batu, uma vila ao lado de Malang e fomos na roda gigante e numa cachoeira. Dentre as descobertas, têm um templo chinês, uma feira de domingo, karaokê, competição de pipa....e a lista vai longe. A foto aí de baixo foi no museu de guerra daqui. 
Nem sempre o ócio é criativo


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Crianças

Não tenho aula de sexta, então aproveito meu dia livre para visitar uma outra escola que fica aqui perto de casa. Ela é do estado e as crianças, em sua maioria, são aquelas que não conseguiram entrar em uma melhor. Elas são super agitadas, acho que dá para perceber na foto.
Esta turma, em especial, foi muito divertida. Primeiro quando cheguei, eles acharam que eu fosse alguém famosa e não teve quem convecesse uma das meninas de eu que eu era mesmo professora e não atriz. 
Eles quase não falam inglês e eu não me comunico em bahasa, mas ainda sim passamos uma manhã muito produtiva juntos!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Winda, minha protetora.

        Não falar a língua local, faz tudo ser mais difícil. Vivo perdida e fazendo gestos mil para tentar ser compreendida e poder fazer o que quero. Funciona na maioria das vezes e me faço entender quando o assunto é perguntar o preço ou o caminho, fazer pedidos no restaurante e agradecer. Fora isso, sou um zero a esquerda. Então, nos momentos de desespero, eis que surge a Winda.
       Moro na casa dela, junto com o resto da família. Ela tá de férias da universidade e quando pode me ajuda, e muito. Foi ela que me ensinou a pegar o angkot, a chegar até o centro da cidade, me mostrou o caminho do supermercado mais próximo e esta semana ela superou minhas expectativas. Meu computador pifou por causa de um vírus infeliz e ela já levou num lugar para consertar e no dia seguinte ele já estava no meu quarto. A maioria das pessoas aqui é devagar quase parando, já comentei que aqui tudo é complicado, então ter a Winda por perto é como ter um anjo da guarda.
Em Sempu Island, com a Winda.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mercado dos Pássaros de Malang

                                                                                 

      Macaco, furão, coelho, hamster, gato, coruja e muitas aves estão aqui. 
   O mercado fica numa áera central da cidade, perto de um posto policial e vive lotado. Meio vivos, meio mortos e empanturrados em gaiolas enferrujadas, os bichos quase não se movem. Ninguém se importa muito com isso não.  
    Fui até lá meio que por acaso, passeando pelo centro depois de dar aula e fiquei meio pasma com o que vi. Acho que ainda estou digerindo. 


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

É hora da comilança

        Hoje fui até a casa de um diretor de escola para celebrar o fim do jejum do dia. Tinham vários professores por lá e todos simpáticos querendo bater um papo comigo. Tinha a sala das mulheres e a dos homens. Teve oração por bem uma hora e eu olhando tudo, com aquela cara de quem não tá entendendo nada. Depois, quebra-se o jejum com frutas secas e doces locais. 

     Daí começa a comilança! Tinha bem umas oitenta pessoas por lá e quando é hora de comer junta todo mundo, homens e mulheres. Claro que fiquei meio perdida, mas foi ótimo. Fui de calça jeans e camisa comprida, sem cobrir o cabelo. Disseram que aqui, eles preferem que só se cubra o cabelo se você estiver preparada para isso, não só o cabelo mas o corpo todo. Mas por favor, nada de shorts, saia curta ou decote mostrando o colo. Ainda estou me acostumando com isso. 
Uma curiosidade: na hora de servir, os homens foram antes. É, apesar daqui ser famoso por dar liberdade à mulher (elas dirigem, trabalham, saem sozinhas a vontade), está bem na cara quem manda.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O papel higiênico, ou a falta dele.

         Na minha bolsa sempre tem um utensílio de necessidade básica: o papel higiênico. Aqui é na base do baldinho e você se lava do jeito que conseguir. Eu não tenho esta habilidade toda e confesso que ainda não tenho forças suficiente para encarar me limpar com a mão. O vaso sanitário muitas vezes é aquele que é apenas um buraco no chão e é por isso que esta placa aí do lado é tão necessária. Ela está presente em quase todos os banheiros públicos onde o vaso sanitário é daquele jeito que você conhece bem. Só para garantir que todos o utilizem de maneira apropriada.
     Para tomar banho também requer uma certa habilidade.  Água só gelada e muitas vezes não tem chuveiro, apenas um tanque cheio d'água e uma jarrinha. A pia é uma torneira onde a água cai direto no chão. Aqui em casa também não tem descarga, tem um balde do lado da privada, que fica embaixo de uma torneira, aí é só encher e mandar bala. Parece estranho, mas é bem tranquilo, tirando o episódio do bendito rolo que eu não vivo sem.

domingo, 7 de agosto de 2011

Um país em duas rodas

Elas dominam por aqui


         Hati Hati! É o que diz a placa de sinalização, mas por aqui ninguém nem liga para isso. Semáforo é praticamente inexistente e no trânsito vale a lei do mais forte. Para atravessar as ruas é só esticar o braço e ir se enfiando, funciona que é uma beleza e ainda tem o benefício de você agradecer por estar viva a cada passo!

         O problema não são os carros, ele são minoria por aqui. A motocicleta domina e dá-lhe buzinas e farol alto. A diferença é que eles não dirigem tão rápido e neste fuzuê todo, eu até me sinto segura na garupa da motoca.
        Talvez você esteja se perguntando sobre o transporte coletivo. Malang, onde vivo, tem quase um milhão de habitantes  mas se você precisar do ônibus, a opção é o Angkot - a minivan. Estreita e baixinha, eu lá dentro me sinto uma sardinha enlatada. Não tem ponto de ônibus não, é pediu parou e é baratinho baratinho. 
     O jeito muitas vezes é esticar as canelas! Tô comendo demais por aqui, andar até me faz bem.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Comidinhas da Indonésia

Meu querido Mie Goreng

Em Java e Bali, a comida gira em torno de arroz, noodles, frango, frutos do mar, alga, amendoim, coco e muita pimenta. Na salada de frutas tem pimenta, e se eles disserem que a comida não é spicy...bem, ela é, pelo menos um pouco - o suficiente para a minha garganta desacostumada latejar.
 Aprendi que quando o bicho pega e o olho lacrimeja é melhor comer um pepino, ou arroz e não se entupir de água. Os temperos são, ao mesmo tempo, deliciosos e eu já tenho meu prato predileto: Mie Goreng (noodles frito, uma versão do bom e velho yakisoba). 
Omelete de tofu com molho de amendoim e arroz.

Gado Gado
Soto

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dias ao Sol

          Como é bom ter amigos por toda parte. Estou em Bali na casa do Dimas. Seu pai trabalha em um resort e mora com a familia na ala dos empregados. Então cá estou eu com algumas pessoas do grupo. A hospitalidade daqui deixa a fama dos brasileiros no chinelo.
         Na praia que estamos o pôr do sol é no mar e hoje ele estava impressionantemente lindo, gigante e laranja.
        Bali é muito diferente do que eu imaginei. A praia central, Kuta, é lotada, com trânsito e todos os fastfoods americanos que pode-se imaginar. Os australianos dominam por aqui. Mas acho que o ponto alto do dia foi a fruta que eu experimentei. 
        Sempre quis saber o gosto da temida Durian. Não é de graça a sua má fama. Ou você ama ou você odeia. Bem, eu odiei! Mas a cozinha daqui vai muito além disso e - Yummy! Lá vou eu desfrutar de um jantar oferecido por esta família super especial!


PS-  Amanhã o dia vai ser mais ao sol ainda, muitas praias e templos nos aguardam. Ainda bem que a vida também é feita de festa.
Com esta aqui, nem os mais fortes sobrevivem.