segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Meu, seu, nosso

Por estas bandas, muito arroz com feijao, pouca agua, grilo frito aperitivo, dan'cas, muito pouco acesso a internet e nada de teclado em portugues.
O trabalho ainda vai calmo, escrit'orio, documentos. Nao vejo a hora de entrar em a'cao, mas faz parte. Muitas criancas pedindo esmolas (elas me puxam, me abra'cam, me seguem), muita coisa velha, nada de hospitais e muito poucas escolas. Todos tem alguem na familia que morreu cedo, nao se sabe por que. Um irmao que ficou cego de um dia para o outro e o medico disse que a solucao seria rezar. Um outro conta que a mae morreu de uma doen'ca muito perigosa: pedra nos rins. Num pais onde a expectativa de vida 'e de 50 e poucos anos, estas historias sao infinitas e nao se ve gente idosa.
E num lugar onde todos tem muito pouco, o jeito e' dividir. A no'cao de posse quase nao existe e nao e' facil para mim se livrar do individualismo. Pega-se tudo de todos. Eu me reviro pra ca, pra la e sorrio amarelo.
  O ar seco e a poeira corta a pele e seca a alma e assim vive-se, sem questionar.


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