terça-feira, 15 de novembro de 2011

Uma explosão cultural


Meus primeiros dois dias foram cheios de novidades e eu ainda estou reconhecendo o terreno. A casa onde moro pertence a organização e somos em quatro pessoas. Tem uma norueguesa, um cara da Costa do Marfim e todos os outros membros são nigerianos. Muita gente frequenta a casa, que está sempre viva e animada.
A pobreza choca, as histórias pessoais também. É engraçado que quanto mais sofrida a comunidade, mais otimista e animada ela é. Todos acham que tudo vai melhorar, dançam e riem sem parar. Nas ruas, boa parte da população é meio rude, bruta, o jeito durão de ser dos calejados. Só que um sorriso e um obrigado faz mágica em quase todos os lugares do mundo.
Viver quase sem energia elétrica, sem água encanada, sem TV, sem rádio e sem internet é complicado, mas bem menos do que você imagina. Já estou craque em pegar água do poço, em lavar a roupa num baldinho, a ter minha lanterna sempre em mãos e aprendi na Indonésia a tomar banho sem chuveiro. A comida é meio forte e meu estômago ainda está aprendendo, mas ele é forte. Já são quatro meses sem dores, sem vômitos, sem diarreia. Meu sistema digestivo merece um prêmio!
Ontem vi no mercado comidas locais...yummy! tem grilo frito! Mas acho este não vou encarar não. Tem cocada, arroz com feijão, mandioca, batata, nhame e eles adoram bode. Caracas, experimentei sopa de bode, não deu para negar e acredite: não desceu redondo.
            Ainda não comecei a trabalhar, estou sendo apresentada aos projetos, reconhecendo a área, tendo milhões de reuniões. Estou ansiosa, mas ainda vou ter que esperar mais uns dias. Ainda estou apenas visitando os escritórios, dando pitaco nos projetos, organizando eventos. Mão na massa mesmo só segunda que vem. Não vejo a hora!
Home sweet home

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