Eu
não sou supersticiosa e não me atento muito em datas, mas confesso que meu dia
11-11-11 não foi como um outro qualquer. Peguei um avião na madrugada de
Bangkok para Addis Ababa, Etiópia. Sem dúvida, o check in mais complicado,
demorado e irritante. Passei a noite no avião do lado de um jogador de futebol
de Camarões. Cheguei na Etiópia num aeroporto pequeno, mas organizado. A cidade
fica a menos de cinco quilomêtros do centro, mas não deu para ver muito. Meu
próximo voo - de Addis Ababa para Abuja – atrasou, só para não perder o
costume.
Cheguei
em Abuja com um certo perrengue na imigração às duas da tarde. Fui muito bem
recepcionada e seguimos o nosso caminho. Claro que chegar no oeste africano é
impactante. Uma secura, um calor, uma muvuca que eu nunca tinha visto parecida.
Achei que iria enfim descansar, mas o caminho até o vilarejo foi bem mais longo
que o programado. Chegamos meia noite. O dia terminou depois de três países,
dois voos e uma longa estrada. Tudo é
novo, tudo é diferente e eu estou feliz de finalmente poder estar aqui e viver
esta experiência.
O
único problema é que parte dela é ter muito pouco acesso à internet. A casa em
que vou morar pertence a organização, fica dentro de um campus da universidade.
Mas aqui não existe água encanada e a energia elétrica é um luxo momentâneo e
imprevisível, então acho que nem preciso comentar que a internet é raríssima.
Temos um poço artesanal no quintal e muitas velas. Todos estão me tratando
especialmente bem, são solidários e querem saber o que eu quero, como eu estou,
o que podem fazer para me ajudar. Este povo é sofrido, mas adora uma festa.
Então
o blog vai ficar temporiamente fora do ar, ou com visitas esporádicas, enquanto
eu visito escolas em diferentes comunidades na região. É só por um mês. Depois
eu volto contando as novidades com mais detalhes!
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