terça-feira, 3 de abril de 2012

O mundo é feito de pessoas

Amanhã de noite vou embora da Índia e acabo que considero este momento o fim desta experiência. Dentre tantas coisas que vi e vivi, muitas marcaram: Vivenciar o Ramadan; escalar um vulcão ativo; nadar em mar cristalino; visitar orangotangos na selva; ensinar em uma escola muçulmana e em um orfanato; estar em uma terra de conflito; ouvir o estrondo de uma bomba; organizar um campeonato de futebol entre vilas africanas; participar da reunião de líderes comunitários; trabalhar com prevenção da malária de casa em casa;  rezar em templos milenares; comer insetos; dançar com um noivo indiano; andar de camelo e de elefante; dormir no deserto; comer com as mãos; fazer um trekking pelos Himalayas; usar sari; começar o dia meditando com os alunos; ver o Dalai Lama....
Tantas coisas e momentos especiais. Mas nada disse separado fez a minha experiência inesquecível. Com certeza absoluta, o que fez desta minha aventura especialíssima foram as pessoas. Foram e são tantas. Fiz grandes amigos e grandes parceiros. Eles vieram desde os cafundós do Azerbaijão até as areias do litoral da Indonésia. Tem queridos que vêm dos gelados países nórdicos e outros que vem do calor infernal do miolo africano. Tem os sorridentes asiáticos e os alemães 'sérios' (que nada!). Muitos do leste europeu, brasileiros perdidos, indianos amistosos.
O mundo é feito de pessoas e é naturalmente sem fronteiras. Eu estava na hora certa e no lugar certo e isso me proporcionou conhecer muita gente do bem. O mundo está repleto delas. Eu sou um ser meio pessimista, posso até ter dúvidas sobre o futuro da humanidade e mais de um monte de coisas, mas eu não tenho dúvida alguma de que há muito mais gente do bem no mundo do que gente do mal. É muito mais fácil encontrar alguém que está pronto para te ajudar, pra conversar, para dividir momentos com você do que pessoas que querem te prejudicar. Elas existem, mas são muito poucas.
E talvez por eu pensar sobre as pessoas que eu conheci neste meio tempo, é impossível não pensar sempre nas pessoas que já fazem parte da minha vida há mais tempo.
Ah, que saudades!



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